top of page

Fala na 1ª pessoa, do seu sonho de grandeza e assume-se orgulhosamente como louco, capaz de partir e de se deixar morrer por uma ideia de grandeza no areal de Alcácer Quibir (vv. 4/5).

   (v.5) – Nesse areal ficou apenas o que nele havia de mortal:

                  «Ficou meu ser que houve, não o que há».

     O que sobreviveu é o mais importante: - o ser que há, que permanece, que é imortal: - o sonho / loucura «de querer grandeza / qual a sorte a não dá» (vv. ½).

 

     Diz este rei louco na 2ª estrofe:

  O que é necessário é que outros venham pegar no seu sonho (divina loucura) e o retomem, porque «sem a loucura que é o homem mais que a besta sadia, cadáver adiado que procria?» (vv. 8-10).

 

     Este final – define a loucura, o sonho como o que distingue o homem da «besta sadia, cadáver adiado que procria» e dá o tom último à Mensagem pessoana:

 

        O louvor da loucura que distingue o homem do animal e o faz ir em frente, haja o que houver na busca da realização do sonho.

 

    Perante o poder mobilizador do sonho / loucura, a morte não passa de contingência física.

 

 Tal divina loucura é fonte de energia que leva o homem a ser mais do que é na sua contingência física, feita de fraqueza e a morte é muito pouco e não é o que pode impedir que o sonho prossiga noutras mãos.

bottom of page